IFF/Macaé passa a integrar o Projeto Internacional de beacons em WSPR

Por Alisson, PR7GA e Eduardo Beline, PY1EB

O campus Macaé do Instituto Federal Fluminense (IFF) passou a integrar hoje, 28 de outubro de 2021, o International WSPR Beacon Project, uma iniciativa que pretende criar uma rede mundial para monitorar a propagação nas principais bandas amadoras da faixa de HF. Trata-se da primeira estação brasileira e a quinta na América do Sul a integrar o projeto, que conta hoje com 24 estações ativas ao redor do mundo. O alvo é chegar a 40. Pode-se visualizar as estações que compõem o projeto acessando https://wspr.live/gui/d/mgTznmeMz/beacon-stations.




Contando com uma estação oficial (PY1IFF), o campus Macaé do IFF hoje conta com professores e alunos radioamadores que utilizam o radioamadorismo em projetos acadêmicos. Segundo o professor Eduardo Beline, PY1EB, o objetivo de integrar o projeto internacional de beacons WSPR é utilizá-lo como plataforma para pesquisas com os alunos da instituição, aproveitando as possibilidades de estudo e a captação de dados em tempo real sobre a propagação nas diversas faixas de radioamador, cada uma com suas particularidades.

O que é WSPR?

O WSPR (pronuncia-se "uísper") é um protocolo de comunicação de dados com capacidade de decodificação de sinais extremamente fracos, semelhante aos modos JT65 e FT8. O objetivo não é a de realizar contatos, mas de sondar caminhos de propagação utilizando transmissores de baixíssima potência e receptores que integram uma grande rede mundial. 

As estações transmitem, além de seus indicativos e respectivos GRIDs, uma informação extremamente relevante para as medições: a potência do transmissor em dBm. O software (WSJT-X) é capaz de decodificar sinais com relação sinal ruído a partir de -34 dB em uma largura de banda de 2500 Hz com possibilidade de upload automático de seus relatórios de recepção para um banco de dados central chamado WSPRnet, que inclui um recurso de mapeamento.

Sobre o International WSPR Beacon Project

Transmissores espalhados por todo o globo terrestre, sem necessidade de PC ou conexão com a Internet, auxiliam no estudo da propagação nas principais bandas de HF.

Por quê?

Identificar e visualizar a trajetória de sinais de baixa intensidade a fim de estudar a propagação global na faixa de HF, permitindo ao público interessado a coleta de dados consistentes durante um longo período de tempo, como anos. Foi inspirado no NCDXF CW Beacon Project.

Como?

O objetivo é estabelecer uma rede global de 40 beacons em WSPR, permanentemente instaladas, padronizadas, fáceis de operar, econômicos e independentes,  funcionando 24 horas por dia, 7 dias por semana, 365 dias por ano em locais estratégicos ao redor do mundo, compartilhando a mesma configuração ou uma configuração muito semelhante:

- Antena omnidirecional;
- Potência de RF igual 200mW;
- Mesma programação de transmissão; e
- Mesmas bandas de cobertura (pelo menos 80,40,20,15 e 10m).

Uma segunda fase do projeto está sendo pensada. A distribuição global de estações de recepção de sinais WSPR permanentes se concentra principalmente nos Estados Unidos e na Europa central. Fora dessas regiões, existem muitos pontos sem cobertura. Para estudos de propagação de sinais em HF é crucial estabelecer uma rede global bem distribuída de monitores WSPR. 

Fontes:
https://www.qrz.com/lookup/py1iff



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3 comentários:

  1. Hoje qualquer montagem qrp pode facilitar este projeto. O Brasil poderia contribuir mais, pois é continental. Parabéns a toda a equipe da PY1IFF.

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  2. Aplausos em pé !!! Se algum.m colega souber informar como se filiar ao projeto, para ativar um beacon ou um RX, esrou QRV. Quem sabe posso dispor de um QTH para isto. 73 de PY2CWB

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